sábado, 17 de novembro de 2007

O Recluso





Um velho all star preto jogado na sala
Batata frita no sofá e várias meias pelo chão
Na cozinha, algumas caixas de pizzas e garrafas
Somente a cozinha tem luz, nenhum ambiente é iluminado
As lâmpadas queimaram e não existiu a reposição das mesmas
As paredes estão desenhadas, escritas com frases e poesias
Parece que o tempo está ameaçando um temporal lá fora
Mas, aquele homem não está nem um pouco preocupado
Ele passa os seus dias dormindo, trancado em seu apartamento
Solitário e amargurado, ele dorme durante o dia
Intrigado e maníaco, ele monta suas coleções de quebra-cabeças quando a noite cai
Somente de madrugada é que vai na loja de conveniência fazer compras
Alimenta-se de pesadelos, solidão, abandono, depressão e mania de se esconder
Ele não quer enlouquecer, ele não pensa em morrer.
Porém, também não aprendeu o que é ser...
Ser humano,
Ser vivente serenamente
Ser recipiente de um Espírito,
De uma mente Sobrevivente
Rodeada de almas doentes.

(L.C.O)

3 comentários:

M. disse...

Descanse em paz, seja no seu quarto ou a sete palmos em baixo da terra. :)

Unknown disse...

Suas escritas são de um tom análitico ao mesmo tempo que divagante...poucas pessoas escrevem assim e eu só comnheço três...contando com vc...
Passarei a visitar seu blog períodicamente e quem sabe venha eu trocar pensamentos traduzidos em poesias com vc.
Continue escrevendo

Lu Oliveira disse...

RS..Como vocês podem perceber...
Quando as palavras causam estranhamento atraem estranhos...
Que na verdade, podem ser mais próximos do que muitos próximos estranhos...ha,ha,ha...desculpem o humor!

Bjs Lu Oliveira