sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Alma Desconhecida com Neblina no Olhar

O que dizer quando o olhar fica turvo? Será que há um incêncio na alma provocando a neblina no olhar? a fumaça abafada dentro do Espírito desejaria se libertar, mas a mente domina o que chega e o que parte em certos momentos. Enquanto o coração está ocioso sem produzir novos sentimentos ou ao menos manter os que já existem, a mente vai persuadindo a alma.


Será que és livre para amar, alma desconhecida? És caçadora de emoção, de físicas sensações que alimentam o corpo e a mente??? Porém, o Espírito transcende, e se alimenta de luz. Ele é capaz de emanar, irradiar, transbordar a essência do universo. Mas, precisa descobrir de que material é feito, pois, ainda não consegue ver além. A neblina do olhar será dissipada pelo entardecer que reascenderá o objetivo da tua existência...que é amar.


Não apenas, o amor proveniente do vulgo homem. Mas, desse Espírito que transcende e se entrega por inteiro, sem medo da queda. Espírito que transborda a vontade de Amar. Porém, muitas vezes, inconscientemente caminha, seguindo o vento das paixões e não sabe refazer o caminho de volta para a essência. Perde-se na selva das ilusões. Mas, em todo lugar existe um reservatório de águas claras. Puras e cristalinas que saciam a sede, renovam as esperanças e purificam as almas desconhecidas para enxergar a verdadeira felicidade. Transformando-se em luz, expandindo o Espírito na imensidão celeste e reconhecendo-se como a essência do Amor. Para enxergar a Verdade é preciso dissipar completamente a neblina do olhar...
(31.07.08 Luciana Carvalho de Oliveira)

O duelo entre Amor e Desamor contemplando a Lua

A noite encobriu os edifícios. E os felinos desfilam elegantemente por cima dos muros tentando seduzir a lua. Mas, ela é fria e prefere o silêncio junto das estrelas. Sabe que os amantes aguardam a sua chegada, que os mares se deixam dominar pela sua beleza, que os poetas se inspiram no seu brilhar em meio as trevas e que doces melodias nascem da sua luminosidade.
É na solidão da negritude que os namorados escrevem suas cartas e derramam suas lágrimas. Não existe melhor parceria. Solidão, a noite, a carta e as lágrimas. Tudo o que o sentimento angustiado busca. Fonte onde todos os noturnos saciam sua sede. Porém, o Desamor é a negação do Amor e a noite estrelada não tolera duelos de tal magnitude. Apenas um dos dois terá a autorização para continuar a contemplar a lua e compartilhar seus sentimentos com toda a grandeza do brilho lunar.
(28.07.08 Luciana Carvalho de Oliveira)

Imensidão

Uma janela lateral
Brisa que vem comunicar
Mais uma tarde
Em que o sol se recolheu

Espetáculo indescritível
Céu vermelho incandescente
Rasgando o azul milenar
Gradação de cores a nos encantar

Raios de luz a pincelar
Vermelho, laranja, amarelo
Na tela azul a nos convidar
Para amar em segredo
Abraçando a vida

E respirando a imensidão
Presenciar raros momentos
Da arte divina
Que veio abençoar
Corações incandescentes
Dividindo o mesmo olhar...

(31.07.08 Luciana Carvalho de Oliveira)

Palavras II

As palavras
Nos iludem...
Assim,
Como os olhos
Nos enganam,
Nos traem,
Nos inflamam.

(01.08.08 Luciana Carvalho de Oliveira)

Palavras

Palavras são chaves
Que abrem portas trancadas
Que fecham janelas desconhecidas
Sem elas você não entra pacificamente
Você vira dependente...
Do silêncio inaudível de uma alma
Que pede calma...
Ao pular a janela
Ao invadir a sua mente
E torná-la prisioneira gradativamente.

(28.07.08 Luciana Carvalho de Oliveira)

Habituais momentos

Os pequenos gestos
Tornam inesquecíveis
Os habituais momentos.
Palavras a sussurrar
O bálsamo do Amor,
O gosto do paladar,
O toque inconfundível...
Que nenhuma visão consegue alcançar.

(28.07.08 Luciana Carvalho de Oliveira)

O Presente Mais Agradável

O presente mais agradável
É o que não se pode comprar
É conquistar um sorriso
Um beijo ardente, um olhar...
Abraçar um corpo efêmero,
Sentindo o coração palpitar,
Arrepiar-se com plena sensação
De que o maior presente da vida...
É Amar.
(28.07.08 Luciana Carvalho de Oliveira)